quinta-feira, 18 de agosto de 2011

4ª edição do Experiências Compartilhadas realiza parceria com o artista Wagner Schwartz

A conexão entre pessoas e instituições sensibilizadas tanto com a criação artística quanto com a gestão cultural, no que concerne a ações colaborativas, têm sido um mote do trabalho assim como garantido a heterogeneidade e a sustentabilidade do Coletivo Construções Compartilhadas. Se trata aqui de um coletivo de artistas que gera, sobretudo, ações planejadas, experienciadas e/ou registradas na performance do compartilhamento. Encontros continuados que fomentam conexões efetivas entre os diferentes, que possibilitam produzir arte de maneira diversa com processos e produtos estéticos de naturezas distintas. O projeto Experiências Compartilhadas dispõe de um espaço de compartilhamento, cujo formato variável, recebe criadores interessados em formar e ocupar um momento de partilha de suas questões e fazeres, ao mesmo tempo, que convida os interessados a interagir.
Nessa quarta edição do projeto, a partilha será com Wagner Schwartz, que fará uso dos seus trabalhos para falar dos assuntos públicos, interesses e seus desdobramentos, a partir de alguns rastros de sua produção. Para Schwartz, a possibilidade de apresentar os registros e discutir sobre seu trabalho “pode se tornar interessante a partir do envolvimento das pessoas não com os meus elementos, mas com os elementos de cada um dentro dos elementos dos outros. Não é isso que fazemos quando lemos?” O encontro ocorrerá no dias 22 e 23 de agosto de 2011, no Espaço Xisto (Barris), das 18h30 min. às 22h. Os interessados deverão efetuar suas inscrições até o dia 21 de agosto, através do e-mail: construcoescompartilhadas@gmail.com
O Construções Compartilhadas, desde 2009, vem ocupando a cidade de Salvador com suas proposições artísticas, constituídas por ações heterogêneas em Dança Contemporânea. Estas ações tiveram projeção nacional, através da participação em eventos como a Bienal Internacional de Dança do SESC (Santos – SP), do projeto Outras Danças (FUNARTE/FUNCEB), do Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia (FIAC), da Feira do Engenho das Artes Populares (Salvador), dentre outros. Em 2011, o Coletivo está selecionado para compor a programação do Festival El Cruce, em Rosário, na Argentina. Atualmente, o Coletivo é Residente do Espaço Xisto Bahia. Fazem parte do Coletivo atualmente: Alexandre Molina, Carlos Santana, Eduardo Rosa, Gabriel Teixeira, Jaqueline Vasconcellos, Lenine Guevara, Líria Morays, Paulo Lima, Pedro Amorim e Rita Aquino.
Wagner Schwartz é nascido em 1972 na cidade de Volta Redonda (RJ). Aos 19 anos muda-se para Uberlândia (MG), onde viveu por 10 anos e, hoje, está entre São Paulo e Paris. Em sua carreira, com mais de 10 trabalhos como criador em dança e audiovisual, tem produzido também reflexões críticas na escrita e na organização de encontros como o Olhares Sobre o Corpo, em parceria com Fernanda Bevilaqua (Uberlândia) e o ENTORNO – Encontro Latino Americano de Dança Contemporânea, promovido pelo Núcleo Corpo Rastreado, de São Paulo, também responsável pela co-produção dos seus projetos. Seu trabalho mais recente, "Piranha", desenvolvido com subsídio do Programa Itaú Cultural Rumos Dança 2009/2010, dá continuidade aos seus interesses estéticos e políticos em relação aos dispositivos da migração.
SERVIÇO
O quê? Experiências Compartilhadas
Com quem?Wagner Schwartz
Onde? Espaço Xisto Bahia (Barris)
Quando? 22 e 23 de agosto, das 18:30 – 22h
Realização: Coletivo Construções CompartilhadasInscrições até 21 de agosto, através do e-mail: construcoescompartilhadas@gmail.com
Gratuito. Vagas limitadas!







PEQUENO BALLET TROPICAL



Em se tratando do corpo e dos núcleos que estudam a sua relação com as coisas, a partilha do sensível é um dos temas mais basculados na filosofia contemporânea.



O percurso desse movimento começa ao se ouvir falar aqui e ali sobre os possíveis acordos entre culturas e as performances sociais. Para que um pensamento vire assunto, adjuntos vão sendo vinculados a ele, como a leitura de certos livros, encontros políticos, palestras e, também, as frases de impacto espalhadas pelas redes sociais. A finalidade dessa agitação é que ela venha a ser ouvida por um fantasma chamado realidade.



Esse fantasma age como uma soma de anticorpos que realizam, na maioria das vezes, uma defesa contra os objetos existentes. Na falta de neutralização, o que salta aos olhos é a assombração.



Nesse caso, as pessoas que queiram se juntar ao PEQUENO BALLET TROPICAL serão convidadas a falar sobre coisas vivas e não sobre intenções ideologicamente imaginárias. Iremos nos encontrar para um troca-troca de experiências mundanas, para tentar, mesmo entre as pequenas mortes, partilhar o VISÍVEL.







A: Você ainda não dormiu?



B: Eu conto as estrelas.



A: Você conhece todos os nomes? Quantas você já contou?



B: Cem.



A: Existem mais do que cem.



B: Eu sei.



A: Porque você parou?



B: Cem é o bastante.







[Diálogo de Afogando em Números , 1988, Peter Greenaway]

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