quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Deputados eleitos gastaram até 37 vezes a mais do que os não eleitos

O relator da Comissão Especial da Reforma Política, deputado Henrique Fontana (PT-RS), apresentou há pouco uma análise do que chamou ser a “prova” da influência do poder econômico na eleição para deputado federal.
Segundo ele, que defende o financiamento público exclusivo de campanha, a média de gastos dos candidatos que se elegeram no ano passado é várias vezes maior que a média dos que não se elegeram.
No Rio Grande do Sul, por exemplo, Fontana disse que os deputados eleitos gastaram, em média, R$ 923 mil, contra R$ 63 mil gastos pelos que não se elegeram. Em Goiás, os valores médios são, respectivamente, de R$ 2,4 milhões e R$ 114 mil. No Piauí, R$ 770 mil e R$ 44 mil. Por fim, em Pernambuco, os eleitos gastaram, em média, 37 vezes a mais do que os não eleitos: R$ 1,2 milhão contra R$ 32 mil.
“Hoje, a desigualdade está submergida, não aparece. O tema da equidade das candidaturas é muito importante porque, hoje, quem define os eleitos é o poder econômico, que elege a lista dos candidatos que receberão mais recursos”, declarou. A comissão está reunida no Plenário 8 para debater o anteprojeto apresentado por Fontana.

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