A tradicional base de Morales na população de origem indígena parece ter imposto o revés a ele por causa de seu impopular plano de construir uma estrada de 420 milhões de dólares -- financiada na maior parte pelo Brasil -- através da região Amazônica do país e também a repressão policial aos manifestantes que protestavam contra a obra.
Se as projeções extraoficiais forem confirmadas, essa terá sido a primeira derrota eleitoral de Morales -- o primeiro indígena a ocupar o cargo de presidente na Bolívia -- em quase seis anos no poder.
Mas Morales, que dias antes se vangloriava de haver obtido seis vitórias consecutivas nas urnas, não admitiu publicamente a derrota. Ele considerou a eleição válida e afirmou que o resultado mostra a "nova justiça para a Bolívia".
No único resultado extraoficial divulgado horas depois do fechamento das urnas, a emissora privada de televisão ATB disse, com base em contagem rápida feita pela empresa Ipsos Apoyo, que os votos nulos superavam amplamente os válidos e que a abstenção estava em torno de 20 por cento.
Os bolivianos votaram para eleger os 28 membros dos quatro tribunais nacionais, em uma consulta vista como medição de forças entre o governo, que fez um chamado pelo voto válido, e uma dispersa oposição que promovia o voto nulo.
Extraído de: Reuters Brasil
(Por Carlos Alberto Quiroga; reportagem adicional de Claudia Soruco)
(Por Carlos Alberto Quiroga; reportagem adicional de Claudia Soruco)
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