Os organizadores da campanha “Doe Órgãos Doe Vida” consideraram um sucesso a caminhada realizada pelas ruas do centro da cidade, na tarde de quinta-feira, 26, com o objetivo de chamar a atenção da população para a importância da doação de órgãos. Transplantados, familiares, profissionais de saúde e pessoas que estão na fila de espera foram às ruas de Itabuna afirmar que doar órgãos é um gesto de amor a vida. A caminhada encerrou o mês de mobilização, mas a campanha é constante.
“Existem muitas pessoas em fila de espera. A ampliação é do interesse de todos nós e a secretaria sempre vai apoiar esse movimento. Já realizamos transplantes aqui mesmo no município e participamos do cadastro estadual de doação” a afirma o secretário da Saúde, Plínio Adry, que também caminhou pela Avenida do Cinqüentenário, ao lado de outros dirigentes municipais da Saúde, a exemplo do médico Paulo Bicalho, presidente da Fundação Itabunense de Atenção à Saúde - Fasi.
Alessandra Maria da Silva, moradora do bairro Pontalzinho, aguarda há dois anos um transplante de rim. Ela foi transplantada, mas houve rejeição e voltou para a fila de transplantes na posição 424. Ela diz que enfrenta muitas dificuldades no dia-a-dia e não pode viajar devido ao tratamento intenso. É para solucionar problemas como o de Alessandra que a Secretaria da Saúde promove a campanha de mobilização para a doação de órgãos.
Já Maria dos Santos Almeida, residente no bairro de Fátima, enfrentou a fila de espera por 15 anos e há sete meses recebeu o transplante de rim proveniente de Salvador doado por um paciente com morte cerebral. “O transplante é o sonho de todos os renais. Jamais esperava um dia ser transplantada, mas aconteceu e hoje posso dizer que sou feliz”, contou.
José Robson Dantas, morador do bairro Santa Catarina, conseguiu o transplante renal após cinco anos de espera. “Foi um momento de muita alegria, antes era um tormento. Tinha que fazer hemodiálise quase todo dia”. Para demonstrar sua felicidade Alessandra Maria da Silva pediu: “Doem órgãos, pois a vida de muitas pessoas pode melhorar”.
O Hospital de Base mantém a Organização de Procura de Órgãos (OPO) que atende a Itabuna e região. O médico Paulo Bicalho, presidente da Fundação de Atenção à Saúde de Itabuna - Fasi, responsável pela administração do hospital, diz que a atividade dos profissionais da OPO refere-se à fase preliminar com a família de pacientes com morte cerebral que deseja doar órgãos. “Estamos preparados para receber” afirmou.
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