sexta-feira, 27 de setembro de 2013

SITUAÇÃO FISCAL EM 330 PREFEITURAS BAIANAS É CONSIDERADA CRÍTICA


A Bahia tem ao menos 79% dos municípios em situação fiscal classificada como difícil ou crítica pelo IFGF 2013 (Índice Firjan de Gestão Fiscal). Das 361 prefeituras analisadas (do total de 417), 330 tiveram as gestões de recursos classificadas nos níveis C e D, os mais baixos, nos exercícios fiscais de 2011. O indicador que analisa a maneira como os tributos pagos pela sociedade são administrados pela prefeituras mostra que uma em cada cinco administrações na Bahia ficou no grupo D, que indica situação crítica. Além disso, 68 administrações estão entre as 500 piores do Brasil.
E o número pode ser ainda maior, uma vez que 56 prefeituras não apresentaram os dados à Secretaria do Tesouro Nacional (STN) até o último mês de junho. Os principais problemas foram relacionados ao elevado comprometimento do orçamento com gastos de pessoal, dificuldades para administrar despesas de anos anteriores e um baixo índice de investimentos. Todos os 10 municípios que receberam as notas mais baixas tiveram nota zero na avaliação da disponibilidade de caixa, metade infringiu a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e apresentaram níveis de investimentos abaixo. Os investimentos elevados foram o principal fator em comum entre as prefeituras baianas que se destacaram positivamente.
Perfil dos prefeitos – Para a presidente da União do Municípios da Bahia, Maria Quitéria Mendes, um grande desafio está no perfil mais político que técnico dos administradores públicos. “As regras são boas, é importante ter o controle, mas para as coisas funcionarem bem é preciso que se tenha um perfil mais técnico dos gestores públicos. Infelizmente, nós temos casos de gestores deploráveis”, reconhece a dirigente.
Apesar de defender uma mudança de perfil como fundamental, Quitéria ressalta também que há problemas graves na estrutura das prefeituras. “Nós, prefeitos, somos cada vez mais cobrados e temos que dar conta de sistemas cada vez mais elaborados em cidades em que muitas vezes o acesso à internet é complicado”, diz. (A Tarde)

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