Sara Barnuevo
Se não fosse por Salvador, cidade que ainda sente as consequências de oito anos de uma administração municipal caótica, o turismo da Bahia seria só elogios. Ninguém pode negar que o ainda secretário estadual de Turismo, Domingos Leonelli, trabalhou e muito nos últimos seis anos para levar novamente a Bahia ao patamar de terceiro Estado brasileiro em atração de turistas, mesmo não sendo o turismo uma prioridade deste governo, apesar do setor representar cerca de 6% do PIB estadual (R$ 7,8 bilhões/ano).
Só no que se refere a desembarques aéreos, houve um crescimento de 100% no período de 2007/2012 em comparação a 2001/2006. Foram 22 milhões de turistas que chegaram para visitar Salvador, Ilhéus e Porto Seguro nos últimos seis anos. Em investimentos públicos, o salto foi de R$ 130 milhões (2001/2006) para R$ 263,7 milhões (2007/2012), recursos que foram investidos na Estrada Itacaré/Camamu, recuperação de igrejas e que estão sendo aplicados na requalificação da Feira de São Joaquim e na Orla de Salvador. Já a previsão de investimento privado pulou de R$ 2,2 bi para R$ 5,7 bilhões até 2018. Só com a inauguração de novos hotéis e resorts foram direcionados mais de R$ 434,6 milhões.
Outra conquista da atual gestão estadual foi a malha aérea internacional, que se tornou a mais volumosa da sua historia, com a implantação dos novos voos da Air Europa para Madri, na Espanha, e três novos destinos na América do Sul: Córdoba (Argentina), Santiago (Chile) e Montevidéu (Uruguai). Esta é a maior integração aérea entre o Nordeste do Brasil e os países ibero-americanos, transformando a Bahia em um dos principais hubs da companhia no Brasil.
Leonelli também é responsável por implantar novos produtos turísticos no Estado, como o São João da Bahia, o enoturismo no Vale do São Francisco, o GP Bahia de Stock Car, o Espicha Verão e o turismo náutico (a Baia de Todos-os-Santos deve receber R$ 170 milhões para requalificação e infraestrutura nos próximos anos). Faltou tempo para viabilizar outros projetos, como o Oceanário de Salvador, cujo estudo de viabilidade foi concluído este ano pela Consultoria Prado Valadares. “Posso dizer que fizemos uma pequena revolução nos últimos seis anos”, destaca Leonelli, que deixa o governo no fim deste ano para ser um dos coordenadores da campanha da senadora Lídice da Mata ao governo do Estado.
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