quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Profissão: Perito Criminal

Brasília, 25 de fevereiro de 2014 – O perito criminal entra em cena toda vez que acontece um crime. Ele é responsável por coletar vestígios e por produzir a chamada prova material. Vidros quebrados, escritos à mão, senhas de computador, estilhaços de balas e marcas de sangue, tudo isso pode servir de indício para remontar os caminhos do acontecido e apontar a materialidade e a autoria do delito.
“No Brasil, o Perito Criminal acumula dois trabalhos: do Crime Scene Investigator (CSI), que examina o local de crime, e do Forensic Expert, que faz exames em laboratórios nos vestígios recolhidos pelo CSI”, explica Bruno Telles, o presidente da Associação Brasileira de Criminalística (ABC).
Os crimes podem ser de diversas naturezas e utilizar suportes variados, desde um assassinato com arma de fogo, até um roubo bancário pela internet. Com o fato da perícia criminal atua em vários campos, como conseqüência o profissional pode ser de várias áreas do conhecimento, como contadores, biólogos, químicos, engenheiros e médicos.
Os peritos podem trabalhar dentro ou fora dos laboratórios, “os mais novos e os que gostam de ‘ação’ se adequam mais nas perícias externas”, conta Telles. O presidente ainda lembra que “enquanto dentro dos laboratórios têm-se carga de trabalho mais previsível e são ótimos locais para profissionais que gostam de desenvolver ciência, pois existe uma evolução contínua nas análises, nos equipamentos e, por que não dizer, nos tipos de crimes.”
Ao presenciar crimes brutais, esses profissionais lidam com o pior do ser humano, apesar disso, “o controle de estresse laboral ainda é um tabu para os peritos. Poucos se abrem e procuram ajuda profissional”, afirma o presidente da ABC.
“Funcionário público, aprovado em concurso, esse profissional foi concebido dentro da estrutura das polícias civis, contudo, logo se detectou incompatibilidade de órgãos policiais e do trabalho da perícia oficial”, explica Telles.
Desde 1989, os órgãos de perícia estão se desvinculando das forças policiais, com o intuito de produzirem provas materiais mais confiáveis e modernas. Até o momento, 16 estados contam com perícias autônomas. O primeiro estado a conquistar a autonomia foi o Rio Grande do Sul.
Fonte sugerida: Bruno Telles, presidente da Associação Brasileira de Criminalística

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