Segundo informações da organização social Círculo Bolivariano Alberto Lovera (CBAL), a Igreja Evangélica Espanhola de El Bronx, na cidade de Nova York, por meio do reverendo Danilo Lachapel, tem oferecido ajuda e suporte aos imigrantes, muitos deles ainda meninos, que chegam sozinhos ou acompanhados aos EUA oriundos de países centro-americanos. Muitos dos que migram ao país norte-americano buscam na Igreja comida, roupa e abrigo.
O CBAL afirma que os imigrantes relatam os casos "com indignação e impotência”, mostrando o artefato preso ao corpo, que possui um GPS (Global Positioning System, na sigla em inglês) incorporado, permitindo que a aduana estadunidense controle cada movimento da pessoa monitorada e saiba cada passo que ela dá. Esse GPS produziria um som quando a pessoa ultrapassa os limites permitidos de deslocamento.
"Elas mesmas têm que recarregar o aparato a cada intervalo de duas horas, todos os dias. Se, por casualidade, o artefato chegue a descarregar, podem ser detidas. O grilhão eletrônico, obviamente, incomoda e pode causar dor”, descreve a organização.
"É assim que trata e recebe os imigrantes pobres e de cor a grande democracia anglo-saxã. Essa prática racista fica abertamente demonstrada ao ver que são, em sua maioria, mulheres de cor com filhos em quem colocam esse sinistro artefato”, critica a organização. "Muitas dessas mulheres são muito jovens, que chegam aos EUA com seus filhos escapando da violência, do narcotráfico e do paramilitarismo, que causando a depredadora política exterior dos Estados Unidos na América Central”, acrescenta.
De acordo com a organização, estima-se que haja, aproximadamente 65 mil meninos e meninas detidos nos Estados Unidos. Somente na cidade de Nova York, esse número seria de 5 mil garotos e garotas e cerca de 200 mulheres com grilhões eletrônicos presos ao corpo esperando para serem deportadas ao seu país de origem. "Em geral, nenhum deles cometeu delito algum, mas, igualmente, recebem esse injusto tratamento”, aponta a CBAL.
O Círculo Bolivariano afirma que esse programa de controle está sob a administração da Behavioral Interventions Incorporated, companhia pertencente ao GEO Group, uma das maiores corporações de detenção privada no mundo e que possui contratos milionários com o Governo dos Estados Unidos. "Por razões óbvias, elas [imigrantes] não quiseram ser entrevistadas nem dar seus nomes”, explicou a organização social.
Adital
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