terça-feira, 19 de agosto de 2014

ITORORÓ - FRENTE CIDADÃ DE ORLANDO E CLÁUDIA JÁ TEM CANDIDATOS

Ensaiando passos para a disputa em 2016, a FRENTE CIDADÃ, nome designado para o grupo político surgido no início do ano em nossa cidade, tendo à frente o empresário Orlando Simões, a professora Cláudia, a ex-promotora Virgínia Alcântara e o médico Adauto, que já começam a botar o bloco nas ruas com a distribuição de adesivos no intuito de divulgar e marcar posicionamento na atual política de Itororó.
Para as eleições de 2014, o grupo escolheu, dentre as varias opções que existem, três velhos conhecidos da política baiana: Jutahy Magalhães e Mão Branca para federal, e Heraldo Rocha para estadual; se por um lado, os nomes postos não representam a vanguarda da política do país, por outro, pode ser, que a amizade e os laços da Frente Cidadã, com estas lideranças consolidem a vocação do grupo para ações e propostas de mudanças em Itororó.
No meu pequeno entendimento, essa escolha não foi a mais feliz partidariamente, pois, lá na frente, na hora da onça beber água, o grupo vai sofrer para conseguir a chancela partidária para registro de candidatura.
Sem dúvida, a Frente Cidadã, a primeira vista, deve ter pensado que agiu bem em optar pelos candidatos, e agiu. Até porque uma eleição municipal não se vence somente em Itororó; Salvador e Brasília são elementos definidores. Porém, em 2016, o Orlando, Cláudia, Adauto, Virginia e companhia podem dar de cara com uma faca de dois gumes (que esses cânones, aliançados com o Palácio de Ondina ou com qualquer interesse maior) a lhe aguardar, de modo que o mundo partidário poderá depor contra todos: a faca de dois gumes é a faca das retaliações, das indecisões e do jogo de empurra que interessa aos distintos deputados que tem raízes em Itororó através dos caciques da cidade.
É evidente que a Frente precisa dessa representação para dar sustentação ao grupo; o risco, que ambos correm, (por causa do pouco tempo de exibição com os respectivos nomes) é o risco dos ilustres candidatos não se iludirem com a idéia de que vão sair de Itororó com as sacolas cheias de votos e se frustrarem com a quantia amealhada.
Como é melhor lamber do que cuspir, a essa altura do campeonato, seja o que Deus quiser. O que fica patente, é que a semente está lançada para uma candidatura nova em 2016 sem o elemento novo. Como o bom senso norteia seus líderes, Orlando e companhia, eles já devem ter vacinados seus candidatos contra qualquer expectativa dessa ordem.
O que vale para o grupo é 2016, - O risco maior pode chegar pela parte dos deputados e seus contorcionismos e malabarismos de se acomodarem em alianças fisiológicas que podem retirar o “pirulito” da boca do grupo que quer essa ou aquela legenda para o pleito municipal, vindo ele a esbarrar na barreira dos partidos majoritários que, no grande mercado do voto pode alijá-los da possibilidade da disputa. Ex: PMDB ou PT virem a contar com o velho e habitual leque de partidos que fazem questão de não entender as situações do grupo minoritário na localidade (Itororó). Daí, a legenda não sai e o grupo fica a ver navios. Se os partidos desses deputados estiverem na base aliada do próximo governo estadual, quem vai ter a primazia da disputa é o cacique mais velho e de maior densidade eleitoral do município; quem tem mais votos. Se os mesmos deputados estiverem na oposição, nenhum deles terá coragem de tomar a legenda de Edneu, Marco Brito ou Adroaldo para, “de mão beijada” entregar aos marinheiros de primeira viagem.
Apesar de serem coadjuvantes experimentados na política, nunca viajaram por mares dantes navegados, em disputas diretas, portanto, se por um lado a escolha foi algo acertada, por outra, sob o aspecto das legendas pertencentes aos ilustres, cometeram um pequeno erro. Por fim a Frente Cidadã de Orlando e Cláudia, se não quiser padecer às vésperas de uma eleição com a cuia na mão atrás de um partido, vai ter de se amparar num partido de menor expressão para fazer a disputa, senão vai morrer na praia. Talvez, para não se misturarem tanto na composição de partidos, a carta na manga quem tem é o cineasta Zelito Viana com o PPS de Roberto Freire, que já lhe foi franqueado; nisso, pode a frente cidadã se distinguir dos demais grupos, correndo sozinha.
Vale lembrar que para vencer Marco Brito na próxima eleição todas as direitas representadas têm de se unirem para tentar vencer a direita do leão, senão, não vencem. E, todos unidos vão dar no mesmo, ou no pior. Mas esse negócio de “direita” ou de esquerda é coisa minha; coisa desse cada vez mais isolado “Mané minha égua” da política itororoense que insiste em fazer essa divisão.
Quanto ao grupo e sua escolha; pelo sim, pelo não, tudo é um risco que na política vale a pena correr.

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