A Comissão Especial da Ferrovia de Oeste-Leste e do Porto Sul se reuniu nesta quarta-feira (8) com o presidente em exercício do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial do Estado da Bahia (SINTEPAV-BA), Irailson Warneaux para discutir sobre questões relacionadas ao pagamento de direitos trabalhistas aos profissionais que estão na ativa nas obras da ferrovia, as paralisações, além das demissões e os pagamentos de créditos rescisórios.Participaram também da reunião o representante da Secretaria do Trabalho Emprego Renda, e Esporte (Setre), Pedro Marcelino, e da Força Sindical, Vitor Costa. Membro titular da Comissão, a deputada estadual Ângela Sousa(PSD) ressaltou a preocupação com as demissões de trabalhadores, causando um grande problema social. De acordo com a deputada, com a paralisação nas obras da Fiol centenas de
trabalhadores foram dispensados e agora estão desempregados, sem condições de sustentarem suas famílias. “Precisamos garantir não somente o pagamento dos direitos trabalhistas, mas o retorno desses trabalhadores às suas funções”, defendeu a parlamentar.
Ângela Sousa também explicou que a paralisação das obras da Fiol interfere diretamente nas ações para a implantação do Porto Sul, dois equipamentos de fundamental importância para o desenvolvimento de toda a Bahia. “É preciso compreender que não haverá ferrovia sem porto e vice-versa, por esse motivo é necessário intensificar as discussões e buscar as soluções para os entreves para que o Porto Sul possa se tornar realidade”, argumentou. A deputada estadual voltou a defender a implantação do Porto Sul e da Fiol, considerando os benefícios que esses equipamentos trarão para a região, gerando milhares de empregos e atraindo diversas empresas.
O presidente do SINTEPAV-BA afirmou que as negociações para o pagamento dos trabalhadores estão obtendo resultados positivos. Os 1.200 funcionários do lote de Guanambi, que estavam paralisados, desde o dia 9 de março, já receberam a primeira parcela dos salários atrasados e dentro dos próximos 22 dias terão os direitos regularizados. As atividades no lote já foram retomadas. No entanto, os cortes no orçamento da União para 2015 de R$ 1,9 bilhões para R$ 1 bilhão dificultam o
andamento dos trabalhos. Dos 8 mil funcionários previstos para a execução das obras em todos os lotes, hoje apenas 5.168 trabalhadores estão em atividades. O lote II, com canteiro de obras instalado em Jequié, é uma das grandes preocupações no momento. Foram dispensados cerca de 700 dos 848 trabalhadores. De acordo com Irailson Warneaux, a Galvão Engenharia, empresa contratante na
região de Jequié, informou que ajustes internos e um diálogo com a Valec Engenharia, Construções e Ferrovias estão sendo realizados para que o repasse de pagamentos ocorra e os trabalhadores voltem às atividades. Na ocasião, Pedro Marcelino também afirmou que a secretaria está disposta a intermediações junto aos órgãos de trabalho para, além de viabilizar soluções, ampliar o prazo de pagamento do seguro-desemprego, assim os trabalhadores terão direito ao benefício por mais tempo.
A deputada estadual Ângela Sousa propôs ainda que a Comissão Especial da Ferrovia de Oeste-Leste e do Porto Sul solicite a presença do secretário estadual da Casa Civil, para que possa se inteirar do assunto e buscar soluções para os entraves com relação a implantação desses dois importantes equipamentos. A presidente da Comissão, Ivana Bastos(PSD) informou que na pauta de reuniões está prevista para o dia 29 de abril a presença do presidente da Valec, Bento José de Lima, para informar sobre o atual estágio de desenvolvimento das obras da Fiol e tratar também sobre questões orçamentárias, demissões e o cronograma geral da obra para o ano de 2015.
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