Itabuna está entre os municípios brasileiros que contam com boa estrutura para atender vítimas de abuso sexual, exploração de menores e agressões psicológicas e físicas. A rede de proteção é formada pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente, Ministério Público e Vara da Infância e Juventude. Mesmo assim, o número de queixas é considerado baixo para um município de médio porte.
De acordo com a coordenadora municipal do CREAS, Luzia Oliveira Silva, a cada mês são atendidas, em média, 30 famílias cujas crianças sofreram algum tipo de violência. Cerca de 90% das denúncias que chegam são referentes à violência física, que é o tipo mais fácil de ser descoberta.
Mas a quantidade de ocorrências não é maior, segundo Luzia, porque a maioria dos casos envolvendo crimes de violência sexual, exploração de menores e estupro é escondida pelos familiares. Quase sempre os agressores são parentes ou pessoas muito próximas das vítimas. “Muitos casos envolvem pais, irmãos, tios, primos e são escondidos. Essa omissão prejudica seriamente as vítimas, quase sempre mulheres”, afirma.
A coordenadora do CREAS destaca que é importante que os próprios parentes das vítimas denunciem o crime às autoridades. “Mas qualquer pessoa pode fazer a denuncia. É muito fácil fazer isso porque não é necessário se identificar”, explica, acrescentando que são muitos os canais para passar as informações. Em nível nacional ligações gratuitas podem ser feitas pelo Disque 100 de qualquer telefone, enquanto em nível local há disponível os números de telefones fixos do CREAS (73) 3613-4541 e Conselho Tutelar (73) 3215-6030.
Na tarde de segunda-feira, uma caminhada promovida pela Secretaria de Assistência Social pela Avenida do Cinquentenário chamou a atenção da sociedade para o combate aos crimes contra crianças e adolescentes e celebrar o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, 18 de maio. Além dos secretários de Assistência Social, José Carlos Trindade, e Wenceslau Júnior, do Planejamento e Tecnologia, o evento contou com a partição de assistentes sociais, psicólogos e representantes de mais de 20 entidades civis.
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