terça-feira, 6 de outubro de 2015

Secretário de Urbanismo, Sílvio Pinheiro, falta com a verdade ao dizer que houve tumulto e que nós o comandamos, afirma Hilton Coelho (PSOL)

A discussão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) e da Lei de Ordenamento do Uso do Solo (Louos) precisa ser efetuada em alto nível e com efetiva participação popular e isso não ocorreu no sábado (03), afirma o vereador Hilton Coelho (PSOL) que manifestou seu repúdio à presença "intimidatória da Guarda Civil Municipal (GCM) e a opinião do secretário de Urbanismo, Sílvio Pinheiro, que tentou desqualificar as dezenas de entidades representativas e pessoas que exigem seu direito à cidade. Disse que foram 'orquestrados' pelo nosso mandato e isso não é verdade. Sou apenas mais uma voz a lutar contra a venda de nossa cidade e não o dono ou a única pessoa nesta luta", disse.
O vereador explica que "os movimentos sociais de Salvador, indignados com a forma que o PDDU e a Louos vêm sendo conduzidos se manifestaram com o objetivo de fazer valer seus direitos e suas vozes na luta pela participação popular contra os interesses empresariais que o prefeito ACM Neto (DEM) quer legitimar. Foi lido na oportunidade um manifesto que, entre outras coisas, apontou as falhas e equívocos da prefeitura que trabalha de forma evidente para impedir a participação popular. É notória a fraca presença da população em diversas oficinas de bairro, bem como nas próprias audiências públicas. A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), contratada pela prefeitura, em seus estudos técnicos, ignora a população negra relegando a ela apenas três parágrafos dentro de um documento de mais de 500 páginas".
"O que os autoritários chamam de tumulto, nós qualificamos como livre e legitima manifestação dos movimentos sociais. A população de Salvador tem todo direito de se manifestar e veio à discussão no sábado (03) se expressar porque não pode deixar que um plano que vai apontar as linhas gerais de reestruturação de toda cidade seja enviado à Câmara Municipal sem um processo de debate que seja verdadeiramente democrático", para Hilton Coelho, "existe um conjunto de associações de moradores, de categorias, instituições e movimentos sociais que questionam e repudiam todo o processo excludente comandado por ACM Neto".
Hilton Coelho finaliza afirmando que deve ser revisto o calendário de envio da proposta do PDDU para a Câmara Municipal. "Não podemos concordar com esse projeto que tem se revelado autoritário e sem conteúdo popular. O que tem se definido é a defesa dos interesses empresariais, do grande poder econômico. Os interesses populares estão fora da ação do Executivo que pretender vender ainda mais a nossa cidade e sacrificar a maioria da população. Vamos continuar ao lado de todas e todos que se mobilizam em defesa de um PDDU e Lous verdadeiramente democráticos e participativos".

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