Música brasileira contemporânea em sua diversidade de estilos, feira de produtos criativos e debates: este é o mix que compõe o II Festival Radioca, que se consolida como espaço de encontro entre o público baiano e a produção independente. O evento acontece nos dias 3 e 4 de dezembro, a partir das 16h, reunindo oito atrações musicais de várias partes do país no Trapiche Barnabé. As entradas custam R$30 e R$15 (meia) e estão disponíveis no site Sympla, nas lojas Mito (shoppings Salvador e Paralela) e RV Cultura e Arte (Rio Vermelho). A realização é da Tropicasa Produções com o patrocínio do Governo da Bahia e da Skol, através do programa Fazcultura.
Um dos objetivos do Radioca é trazer trabalhos inéditos para a cidade, caso de “Selvática”, disco mais recente de Karina Buhr (PE), que não teve apresentações em Salvador, e da banda Carne Doce (GO), que ainda não foi vista por aqui, dois trabalhos com fortes discursos feministas. Outra atração inédita é a big band Aláfia (SP), com seu rap-funk-de-terreiro e suas letras que expõem tensões e contradições da sociedade contemporânea.
Completam o line-up dois veteranos cujos trabalhos soam atualíssimos. O sempre vanguardista Jards Macalé apresenta clássicos do seu repertório e músicas raras gravadas nos anos 1970. O show é fruto do lançamento de ‘’Jards Macalé - Anos 70’’ (Selo Discobertas), box que reúne fonogramas raros e inéditos e reedições de seus dois primeiros álbuns, lançados na década de 1970. Dona Onete (PA), que aos 76 anos é a musa da música paraense contemporânea, traz seu carimbó chamegado, cheio de sensualidade.
Além das apresentações musicais, artes visuais, moda, design, decoração, música, cosméticos, culinária e afins estarão reunidos na edição especial do Mercadilho, projeto criado pela artista Andrea May, que articula criatividade e ações colaborativas para fazer circular o trabalho de criadores de várias partes da Bahia. No festival, serão 16 expositores, com destaque para criações inspiradas na música.
Antes da abertura dos portões do Trapiche Barnabé para a maratona de shows, a produção do Radioca promove debates sobre o diálogo da música com outras linguagens. No sábado, os designers Iansã Negrão e Rex, da Santo Design, com mediação de Ronei Jorge, tratam de “Identidade Visual – A Construção de Carreiras Além da Música”. Já no domingo, o assunto é “A Relação da Nova Música Brasileira com a Mídia”, reunindo os jornalistas Roberta Martinelli, apresentadora do programa Cultura Livre (TV Cultura) e Som a Pino (Rádio Eldorado), Alexandre Matias, do site Trabalho Sujo, e Daniela Souza, da Educadora FM 107.5, com mediação de Luciano Matos. Os debates acontecem no Trapiche Pequeno, 2º andar (Rua do Pilar, n. 40), das 13h30 às 15h30, com entrada gratuita.
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