Também foi discutida a viabilidade de tombamento conjunto ou isolado de prédios antigos, transformando ruas de Itacaré num verdadeiro centro histórico. Durante a visita o assessor institucional do Ipac, André Reis, e o diretor de projetos, obras e restauro, Felipe Musse, foram acompanhados pelo vice- prefeito Genilson Souza, e pelos secretários Diego Augusto e Ademar Sá, de Desenvolvimento Urbano, que apresentaram detalhes tanto dos prédios históricos da cidade, como também da história e da tradição do Bicho Caçador.
Eles também relataram aos técnicos do Ipac a importância da transformação dessa manifestação cultural como patrimônio cultural imaterial da Bahia, como forma de garantir a preservação da tradição e pela valiosa contribuição à cultura popular que o Bicho Caçador pode trazer para a Bahia. Na oportunidade, também visitaram o Centro Cultural do Porto de Trás, onde foram discutidos projetos para o local.
Os técnicos do Ipac já estão estudando a viabilidade dessas propostas e novos encontros serão agendados para dar andamento aos passos que devem ser seguidos para transformar o Bicho Caçador de Itacaré no patrimônio cultural imaterial da Bahia. Também será firmada parceria com a Prefeitura para capacitação e ação de educação patrimonial.
Na visita às obras de restauração da Igreja de São Miguel os representantes do Ipac destacaram a qualidade dos serviços para recuperar o patrimônio histórico de Itacaré e o empenho do Padre Edinaldo e da comunidade local para viabilizar essa obra.
LENDA – De acordo com os moradores de Itacaré, a lenda do Bicho Caçador começou a muitos anos quando um homem saiu para caçar e depois de andar muito ficou com sede e foi beber água no rio. Ao se agachar na margem avistou dois bichos enormes e com medo pegou o facão e a espingarda e começou a brigar com eles. Foi descendo o rio numa luta árdua e tempo depois conseguiu matar os bichos. Ao chegar à cidade contou a história. Desde então a comunidade quilombola do Porto de Trás festeja o mito do bicho caçador nos dias 1º, 26 e 31 de janeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário