quinta-feira, 25 de outubro de 2018

30% dos brasileiros aprovam candidato usar fake news para se promover



Produzir fake news ou boatos é algo condenável. Afinal, confeccionar mentiras nunca foi algo bem aceito pelas normas de boa convivência das sociedades mundo afora. Mas e compartilhá-las sem checá-las diz muito sobre nossa ingenuidade ou, pior, sobre nossa preguiça, comodismo intelectual? Talvez seja pura falta de senso crítico, o que nos aprisiona. Fato é que as notícias falsas inflaram o debate político nestas eleições e muito se discute o quanto elas influenciarão o resultado das urnas. Porém, uma pesquisa feita recentemente pela Toluna, empresa fornecedora de insights do consumidor para a economia sob demanda, indicou algo um pouco mais grave: 30% dos brasileiros entrevistados acham legítimo candidatos usarem fake news para se promover ou para prejudicar seus adversários, enquanto 64% não aprovam essas práticas e 7% não tendo opinião formada sobre o assunto.O estudo foi feito com 1032 pessoas no dia 3 de outubro de 2018 com 1032 pessoas das classes A, B e C e levantou outras perguntas. Foi perguntado se as pessoas conseguiam identificar quando recebem fake news, e a maioria delas (70%), afirmou que consegue reconhecer informações falsas, com 21% dizendo que tem dúvidas em como reconhecer essas notícias e 9% não sabem como reconhecer as pautas falsas.
Ainda foi questionado se as pessoas acreditam que só recebem informações verdadeiras sobre seus candidatos. Segundo o estudo, 69% delas dizem que acreditam que recebem metade das notícias reais e metade falsas, 20% acham que só lhes são enviadas fake news e 10% deles afirmam que todas as matérias que eles recebem são verdadeiras.
O estudo também procurou saber o quanto as pessoas gostam de difundir notícias. Perguntados se compartilham as notícias que recebem, 76% disseram que enviam os artigos para outras pessoas. Outro número curioso é que 90% das pessoas afirmaram que leem todo o texto antes de replicar as informações, com 6% falando que analisam apenas parte do texto e 4% delas só veem a manchete antes de passar adiante.

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