terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Uso de antibióticos pode interferir na ação dos anticoncepcionais


Jornal da USP

Na segunda edição do Pílula Farmacêutica desta semana, são apresentados os principais problemas que levam as pílulas anticoncepcionais a perderem eficácia. Esses medicamentos são os contraceptivos mais populares, no entanto, existem fatores que prejudicam o seu efeito mesmo quando tomados de forma correta.
Entre esses fatores está o uso de antibióticos, que podem cortar o efeito do medicamento no organismo por estimular a eliminação acelerada de hormônios, além de destruir as bactérias intestinais, que são responsáveis pela ativação do estrogênio.
Há também algumas ervas, principalmente em forma de infusão, que podem colocar o efeito do anticoncepcional em risco, como, por exemplo, a de São João, que é usada para tratamento da depressão, cujo efeito acelera as atividades das enzimas do fígado, o que pode alterar as concentrações de alguns medicamentos no sangue. Entre os compostos afetados por essas enzimas está o principal componente da maioria das pílulas anticoncepcionais, o estradiol.
Os pesquisadores ainda contam que algumas condições físicas da mulher podem aumentar também as chances de engravidar. Doenças que despertam o vômito ou a diarreia, como doença de Crohn, reduzem a eficácia do anticoncepcional, isso ocorre porque o medicamento é expelido antes mesmo de começar a funcionar.
O boletim Pílula Farmacêutica é apresentado pelos alunos de graduação da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, com supervisão da professora Regina Célia Garcia de Andrade e trabalhos técnicos de Luiz Antonio Fontana.
Por Thainan Honorato

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