Nos cinco primeiros meses de 2007, 220 mil pessoas foram admitidas no mercado de trabalho baiano com carteira assinada. Este ano, no mesmo período, essa marca chegou a 332 mil empregos. Ou seja, em cinco anos os postos de trabalho foram ampliados em mais de 110 mil.
Para o autor dos comentários, o economista e secretário do Planejamento da Bahia, José Sergio Gabrielli, o mercado interno tem sido um dos principais responsáveis pelo crescimento da economia baiana, o que reflete na oferta de empregos. Prova disso é que, mesmo quando a crise econômica estourou nos Estados Unidos, gerando efeitos em todo o mundo, inclusive, no Brasil e na Bahia, com a redução das exportações e importações da produção industrial em alguns setores, a Bahia continuou crescendo, ainda que em ritmo menor.
“Passamos pela crise sem grandes danos porque antes dela acontecer já estávamos estimulando o mercado interno, produzindo e gerando renda dentro do país”, diagnostica Gabrielli. “É só relembrar que, desde 2007, uma série de empresas e indústrias estão escolhendo a Bahia para se instalar”, acrescenta. A vinda dessas companhias, observa, trouxe mais investimentos para o Estado e, consequentemente, favoreceu o mercado de trabalho.
Dos empregos gerados nos cinco primeiros meses de 2012, o setor de serviços responde por 50 mil contratações, sendo o principal responsável por esse aumento, no comparativo entre 2007 e 2012. Nesses cinco anos, aliás, são mais de 3,6 milhões de pessoas contratadas no estado. Considerando as demissões nesse mesmo período, o saldo (diferença entre as pessoas que conseguiram emprego e as que foram demitidas) chega a quase 330 mil novos postos de trabalho.
“Se você está sem trabalhar, este é o momento de acompanhar as oportunidades que são criadas pela expansão das atividades já existentes e pela criação de novas”, aconselha Gabrielli. “Até 2015, devemos acompanhar a implantação de 470 empreendimentos. com investimentos privados na casa dos R$ 67 bilhões. Se todos os projetos se concretizarem, serão 63 mil novos empregos”, diz o secretário.
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL - A perspectiva para os próximos anos é que os setores de energia, mineração, papel e celulose e náutico sejam os que mais vão crescer. Contudo, destaca o secretário, há carência de profissionais qualificados para algumas destas áreas em expansão na Bahia. É o caso, por exemplo, de engenheiros e profissionais de nível técnico, como soldadores, montadores e eletricistas.
“Portanto, se você que não quer ficar fora do mercado de trabalho e, mais ainda, quer ser bem remunerado, a dica é procurar cursos de engenharia de telecomunicações, mineração, elétrica e civil, engenharia florestal e sanitária”, recomenda Gabrielli. Ele alerta ainda para as oportunidades do setor automotivo, uma vez que a Ford está ampliando a fábrica na Bahia e a Jac Motors está chegando para produzir carros no Estado. Com isso, engenheiros das áreas de automação, mecânica automotiva e eletrônica serão os mais requisitados.
Para quem está desempregado e não sabe o que fazer para se qualificar para o mercado de trabalho, Gabrielli alerta que há centros de excelência voltados para a indústria, como o Senai – Cimatec, que oferece cursos profissionalizantes em diversos segmentos. Universidades federais e estaduais e faculdades particulares também dispõem de muitas opções de cursos, bem como as escolas técnicas e cursos profissionalizantes espalhados por todo o estado.