*Por Douglas Pena - Por conta do avanço tecnológico, é possível notar mudanças de comportamento na sociedade. Inclusive, na forma de se fazer compras. Hoje em dia observamos uma maior receptividade do consumidor a experiências que envolvam tecnologia. Uma pesquisa realizada pela consultoria Opinion Box em parceria com a Dito identificou que 86% dos entrevistados acreditam que recursos digitais contribuem para uma melhor experiência de consumo. Além disso, há também uma preferência por personalização, o que explica a ascensão dos minimercados autônomos no varejo. O modelo de negócio que opera com base no honest market ou mercado honesto, em tradução livre, ganhou notoriedade durante a pandemia, visto que é capaz de disponibilizar em condomínios residenciais itens essenciais durante 24 horas, nos sete dias da semana e sem a necessidade de um vendedor para a intermediação da compra. Diante desse contexto, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) registrou que os estabelecimentos que funcionam com o conceito de super proximidade, como os minimercados, tiveram um crescimento de 13,6% de 2020 a 2021, totalizando 415 mil lojas ativas em todo o território nacional. No entanto, a iniciativa que antes se restringia aos condomínios residenciais, devido ao isolamento social, agora ultrapassa os muros para além desses complexos. Depois de passarmos pelo período de flexibilização, dado o avanço da vacina e a queda no número de casos da covid-19, o mercado de trabalho já vive a realidade de adoção do modelo híbrido e, até mesmo, de um trabalho 100% presencial. Com isso, percebemos a retomada de um movimento natural, ao qual já estávamos acostumados. A partir da retomada das rotinas, os consumidores passam a movimentar a economia em locais próximos ao trabalho, como padarias e mercearias. Neste caso, a instalação de minimercados autônomos se tornam uma alternativa tanto para grandes empresas que desejam auxiliar os colaboradores nessa readaptação quanto para empresas menores instaladas em complexos comerciais. Na prática, as lojas autônomas em empresas funcionam como uma espécie de espaço de descompressão no qual em pausas no expediente o time pode consumir um mix diversificado de alimentos, que variam desde itens frescos e saudáveis a snacks práticos. Outra vantagem das lojas autônomas em empresas, prédios comerciais ou centros logísticos é a conveniência, já que produtos de limpeza e higiene pessoal também podem ser encontrados nesses locais, permitindo que os colaboradores realizem compras pontuais ou de emergência, economizando o tempo que seria gasto com deslocamentos ou filas em estabelecimentos comerciais tradicionais. No final das contas, podemos afirmar que é possível elevar o bem-estar da equipe, melhorar o clima organizacional, e, consequentemente, aumentar a retenção de talentos, com um simples gesto de contribuir com a praticidade na rotina de cada colaborador.
Formado em Administração de Empresas e Gestão de Segurança Privada, com MBA em Vendas
Nenhum comentário:
Postar um comentário