O Solar Ferrão, prédio originário do século XVII e tombado pelo IPHAN como ‘Patrimônio do Brasil’ desde 1938, localizado no Pelourinho, em Salvador, sediou durante todo o dia de hoje (30) a VI Conferência Estadual Setorial de Museus. O objetivo do encontro foi ouvir e dialogar com a sociedade para uma construção coletiva das políticas culturais da Bahia na área de Museus. Ontem (29) à noite, cerca de 130 pessoas participaram da abertura e Conferência Setorial de Patrimônio Arquitetura e Urbanismo na tricentenária Igreja do Rosário dos Pretos, localizada no Pelourinho, construção do século XVIII e também tombada pelo IPHAN. Os resultados de ambas as conferências serão apresentados na VI Conferência Estadual de Cultura da Bahia que acontece entre 6 e 8 de dezembro próximos, em Feira de Santana e, depois, na IV Conferência Nacional a ser realizada entre 04 a 08 de março do próximo ano (2024), em Brasília. Dentre os vários representantes de entidades e instituições artísticos-culturais, prefeituras municipais e profissionais da cultura, esteve o superintendente do IPHAN na Bahia, Hermano Guanaes.
RECONSTRUÇÃO e DECOLONIALIZAÇÃO – A organização das conferências setoriais de Patrimônio e Museus é do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), autarquia da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBa). “Estamos participando intensamente da reconstrução das políticas públicas nesta retomada da democracia e acompanhando as reestruturações dos sistemas nacionais de Patrimônio e Museus, encampados respectivamente pelo IPHAN e IBRAM, dando força e apoio à nossa Ministra da Cultura”, disse ontem a diretora geral do IPAC, Luciana Mandelli, na abertura do evento no Rosário dos Pretos. O Estado da Bahia tem o compromisso de implementar resoluções, com construção da lei orgânica, planos setoriais e, dentre outros, o Plano Estadual de Cultura que em 2024 completa 10 anos de sua concepção. “Temos que pensar coletivamente como nos apropriar dos processos das políticas públicas, impulsionar as pautas populares e promover a decolonialização dessas políticas, seja nas áreas de arquitetura, urbanismo, patrimônio ou museus”, alertou a diretora do IPAC. Segundo ela, as conferências garantem mais um espaço para ouvir e incluir nos planejamentos municipais, estaduais e federais os pleitos da população.
56 ANOS e LIVROS – Ao ter a participação social efetiva no evento, a SecultBa provoca articulação entre os governos municipais, estadual e federal com a sociedade civil, por meio de entidades culturais e segmentos sociais, incluindo análise da conjuntura da área cultural e propondo diretrizes para a formulação das políticas. O IPAC tem 56 anos de atuação e foi criado em 1967 como o primeiro órgão estadual da política de patrimônio no Brasil. Atua de forma integrada e em articulação com a sociedade e os poderes públicos municipais e federais, na salvaguarda de bens culturais tangíveis e intangíveis e nas políticas públicas de museus e patrimônios da Bahia. O IPAC também administra os mais importantes museus estaduais, alguns em Salvador, como o MAM (Avenida Contorno), o MAC (Graça), o MAB (Corredor da Vitória) e o Solar Ferrão (Pelourinho). No interior baiano, faz a gestão do Museu do Recôncavo (Candeias) e Parque Histórico Castro Alves (Cabaceiras do Paraguaçu). Os interessados podem acessar gratuitamente os livros produzidos pelo IPAC no site www.ipac.ba.gov.br, no lado esquerdo da primeira página, no link ‘Publicações para download’ e, depois, no link ‘Cadernos do IPAC’. Mais informações: www.ipac.ba.gov.br, instagram @ipac.ba, facebook Ipacba Patrimônio e twitter @ipac_ba.
Nenhum comentário:
Postar um comentário