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*Richard Kenj |
O comércio, considerado um dos principais motores essenciais para movimentar a economia mundial e conectar países, reserva para 2024 expectativas marcadas por uma combinação de otimismo cauteloso e desafios persistentes. Impulsionado por tendências globais e locais que estão moldando o cenário comercial, o varejo prevê para o primeiro trimestre de 2024 um crescimento nominal de 6% para vendas no período, conforme Índice Antecedente de Vendas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IAV-IDV). Apesar de ainda ter que lidar com a estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), sobre o prejuízo do setor por conta de feriados nacionais, esse número deve ser 4% menor que em 2023. A digitalização do comércio também deve ser uma tendência dominante em 2024, já que o setor, em particular, está experimentando um crescimento exponencial, à medida que mais consumidores optam por fazer compras on-line. Outro ponto muito importante no segmento é o social commerce, uma vez que a geração Z mencionam que já fizeram, pelo menos, uma compra em uma plataforma de mídia social em 2023 (46%), segundo estudo da Capgemini, apresentado durante NRF’s Retail Big Show em 2024. Ainda conforme a pesquisa, neste sentido há preferência da geração Z pela compra via Instagram (70%), TikTok (63%) e YouTube (58%). Enquanto os Millennials preferem o Instagram (67%) e o YouTube (63%).
Esse é um ponto de atenção para as marcas. Investir em campanhas nas redes sociais pode render boas vendas, além de conquistar e fidelizar um novo público, já que mais da metade (53%) daqueles que compraram pelas redes sociais foram influenciados por feeds, stories, reels, shows ao vivo e influencers, entre outros ao fazer compras. Outro ponto de tendência para 2024 é a ascensão da ominicalidade, unir todos os canais de comunicação da marca pode ser um diferencial, já que conforme pesquisa da Capgemini, em 2023, 66% dos consumidores afirmaram ter interagido com lojas físicas – um aumento em relação aos 61% do ano anterior. O ambiente físico costuma ser a escolha de consumidores por eles preferirem para experimentar produtos, conferir disponibilidade e ter mais interatividade. Além do que, os ambientes físicos podem oferecer maior agilidade na disponibilidade imediata de produtos, enquanto ambiente on-line pode oferecer maior diversidade de portfólio. Quanto mais velocidade na entrega dos produtos, aumentam as chances das empresas se destacarem entre a concorrência e ganharem a preferência dos clientes. Para a Geração Z, aliás, essa é uma prioridade, já que disseram estar dispostos a pagar 10% do valor total pedido pela entrega em 10 minutos, ainda segundo a mesma pesquisa. As empresas devem estar atentas e se adaptarem para atender a essa demanda hibrida, conciliando soluções phygital, integrando ambiente físico e online, para se conectar aos consumidores de todas as gerações.
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Richard Kenj é diretor comercial da Lity.
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