


Na Ăºltima sexta-feira (18), o laudo do perito contratado pelo Iago Cigano, encontrou divergĂªncias que conflitam com o laudo apresentado pela PolĂcia Civil de Guaratinga. O pai de Hyara Flor havia solicitado em redes sociais, 'uma vakinha' para pagar a investigaĂ§Ă£o particular. Perito Eduardo LLanos, da empresa Sewell Investigações e PerĂcias Ltda, tem realizado investidas nos locais que aconteceram o crime. Durante suas investigações, ele concluiu haver fatos que apontam nĂ£o ser possĂvel um menino de nove anos ter sido o atirador da morte de Hyara. O laudo particular serĂ¡ apresentado ao MinistĂ©rio PĂºblico, e corre em segredo de justiça, portanto o conteĂºdo nĂ£o foi divulgado. O documento serĂ¡ encaminhado nos prĂ³ximos dias, e aguardar a manifestaĂ§Ă£o do MP. JĂ¡ no inquĂ©rito policial, a perĂcia afirmou que tiro que atingiu o rosto da menina foi acidental, tendo sido disparado pelo cunhado de nove anos, durante uma brincadeira. Em depoimento, o ex-marido relatou que a noiva engatilhou a arma e colocou no pescoço do menor, e quando o garotinho tentou realizar o mesmo movimento, a arma disparou, acidentalmente, e mudou o cenĂ¡rio do caso. A sogra da vĂtima Ă© investigada por homicĂdio culposo e porte ilegal de arma de fogo. Conforme o caso tomou a proporĂ§Ă£o nacional, muitos especialistas comentaram sobre o assunto, uma delas, a Perita Criminal do Instituto de CriminalĂstica de SĂ£o Paulo, hĂ¡ 35 anos. RosĂ¢ngela Monteiro Ă© responsĂ¡vel pelos casos Isabela Nardoni, Gil Rugai, acidente da TAM, Ana Hickmann, entre outros. Ela afirmou que o tiro foi na regiĂ£o do mento, sendo uma zona de autoextermĂnio. PorĂ©m, o disparo teve uma curta distĂ¢ncia e cria umas “tatuagens” — que sĂ£o caracterĂsticas de tiro a curta distĂ¢ncia. Laudo pericial do inquĂ©rito relata que o tiro foi executado no mĂ¡ximo a 25 cm de distĂ¢ncia da vĂtima, ou seja, uma morte instantĂ¢nea. Diante dos fatos e das controvĂ©rsias, sob a avaliaĂ§Ă£o do MP, os prĂ³ximos passos, pode vir a ser uma acareaĂ§Ă£o — confronto entre partes, ou exumaĂ§Ă£o do corpo, ou solicitar uma requisiĂ§Ă£o. O homicĂdio cometido em Guaratinga, no sul da Bahia, teve repercussĂ£o nacional, pois acreditava que o marido da vĂtima, que possui 14 anos, seria o responsĂ¡vel pelo tiro, inclusive permaneceu alguns dias apreendido numa casa de abrigo infantil. Esse Ă© um crime que sĂ³ existe, porque o fato de ser cigano faz parte da equaĂ§Ă£o da conduta. O pai de Hyara segue buscando formas de reivindicar justiça e o uso das redes sociais Ă© uma forma de manifestar sua revolta. A Bahia Ă© o segundo estado do paĂs com maior presença de ciganos. E, ainda nĂ£o incluĂdos no censo populacional brasileiro, estima-se que cerca de 800 mil ciganos de trĂªs ramificações Ă©tnicas distintas vivam por aqui, os Kalon, os Rom e os Sinti.
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